BENEDITO VASCONCELOS MENDES é filho de Francisco Milton
Mendes e Maria José Vasconcelos. Nasceu em Sobral-CE no dia 31 de agosto de
1945, mas passou toda a sua vida profissional em Mossoró-RN. Cursou o
antigo primário e ginasial em Sobral, no Colégio Sobralense(Colégio da
Diocese). Pai de quatro filhos: Francisco Milton Mendes Neto, Tely
Andrade, Liana Andrade Mendes e Camila Andrade Mendes, atualmente é casado com
a advogada e pedagoga Susana Goretti Lima Leite.
Graduou-se em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal
do Ceará, cursou o Mestrado na Universidade Federal de Viçosa-MG e o Doutorado
na Universidade de São Paulo (USP). Foi professor titular e diretor da
antiga Escola Superior de Agricultura de Mossoró (ESAM), hoje Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Foi um dos fundadores do Curso de
Mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte (UERN), onde atualmente desempenha a função de professor.
Ex-Presidente da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio
Grande do Norte (EMPARN), ex-Chefe Geral da EMBRAPA MEIO NORTE, em Teresina-PI,
ex-Presidente da Fundação de Pesquisa Guimarães Duque e ex-Superintendente
Federal de Agricultura no Estado do Rio Grande do Norte.
No começo da década de 1980, quando ocupou o cargo de presidente
da EMPARN, inovou a pesquisa agropecuária nordestina, com diferentes temas,
quando introduziu, para pesquisa de adaptação, plantas
e animais de desertos, entre eles o elande, o órix chifre-de-cimitarra e o
ovino caracul, e iniciou, no Brasil, a criação de animais nativos (emas),
com finalidades social, econômica e ecológica. Na então ESAM, criou o CEMAS
(Centro de Multiplicação de Animais Silvestres), onde foram iniciados trabalhos
de domesticação de ema, caititu, tejo, preá, mocó, cutia e capivara.
Publicou vários livros sobre o desenvolvimento regional,
entre eles: Alternativas tecnológicas para a agropecuária do Semi-Árido (Ed.
Nobel, São Paulo), Plantas e animais para o Nordeste (Ed. Globo, Rio de
Janeiro) e Biodiversidade e desenvolvimento sustentável do Semi-Árido (editado
pela SEMACE, Fortaleza-CE), Reflexões sobre o Nordeste (Coleção Mossoroense),
Temas Atuais para o Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Norte (Ministério da
Agricultura - Natal), O Semiárido na Visão de Três Grandes Homens (Coleção Mossoroense),
Grandes Idéias para o Desenvolvimento do Semiárido (Edições Livro Técnico -
Fortaleza), Culinária Sertaneja (Ed. Sarau das Letras) e Arte e Cultura do
Sertão (DNOCS/BNB – Fortaleza).
Como pesquisador do CEMAD/UERN, idealizou a Técnica do Inóculo,
para recuperação de áreas degradadas em regiões semi-áridas. Esta técnica já
começou a ser usada para recuperação de vários núcleos de desertificação.
Foi Superintendente do CEMAD (Centro de Estudos e Pesquisas
do Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional do Semi-Árido) por duas gestões,
oportunidade em que organizou o Primeiro, o Segundo e o Terceiro Simpósio
Brasileiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do
Semi-Árido.
Foi presidente da Sociedade Brasileira de Fitopatologia, Presidente
da Sociedade Brasileira de Nematologia e Vice Presidente da Sociedade Botânica
do Brasil.
É membro da Academia Norte-Riograndense de Letras – ANRL,
Academia Cearense de Letras (Sócio Correspondente), Academia Mossoroense de
Letras, Academia Cearense de Ciências, Letras e Artes do Rio de Janeiro,
Academia Sobralense de Estudos e Letras, Instituto Cultural do Oeste Potiguar,
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, Instituto do Ceará
(Histórico, Geográfico e Antropológico) e Instituto Histórico e Geográfico
Paraibano.
Idealizou, criou e mantém financeiramente o Museu do Sertão, museu temático sobre o homem e as coisas do sertão semiárido do nordeste brasileiro. Seu acervo começou a ser formado na década de 1970, época da chegada de Benedito Vasconcelos na cidade de Mossoró. Ele foi aberto ao Público pela primeira vez no dia 31 de agosto de 2003, por ocasião das comemorações do aniversário de 58 anos de vida do professor Benedito. O Museu do Sertão está localizado na Fazenda Rancho Verde, às margens da estrada da Alagoinha, a quatro quilômetros da cidade de Mossoró-RN
FONTE – FRANCISCO VERÍSSIMO
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